Repórteres estrangeiros e locais afirmam que chegam tarde ao teatro das operações e nem sempre as descrições dos populares são boas fontes de notícias
Grupos de promoção da imprensa afirmam que a ofensiva das tropas francesas e malianas contra os islamitas no norte do Mali tem tido lugar largamente longe de olhares de jornalistas de quem os acessos têm sido severamente limitados.
Pouco a pouco, repórteres locais e estrangeiros estão a chegar ao norte, mas em alguns casos os acessos continuam difíceis.
Muitos jornalistas a cobrir a situação no Mali – particularmente os repórteres estrangeiros – têm passado uma boa parte do tempo a tentar chegar a Sévaré, a cidade no centro do país, na linha divisória entre o sul controlado pelo governo, e o norte ocupado pelos radicais islâmicos.
Os repórteres que estivem no Mali no início da luta em Janeiro disseram que os militares bloquearam o acesso por vários dias de jornalistas a duas primeiras cidades onde se registaram combates – Konna e Diabaly. E quando os jornalistas finalmente chegaram, a cidade já estava cheia de soldados e os residentes pareceram pouco a vontade em descrever o que assistiram.
A organização Repórteres Sem Fronteiras, levantou preocupações acerca do que chama “uma grave obstrução” e exigiu as autoridades malianas e francesas a permitir a livre circulação de jornalistas.
O porta-voz do ministério da defesa maliano, o tenente-coronel Diarran Koné disse entretanto que para lá da preocupação em proteger os civis, limitando o acesso as zonas de combates, as autoridades não estão a restringir os jornalistas. O oficial maliano disse ainda, que “muitos e muitos repórteres” que acorreram ao Mali nas últimas semanas, estão a obter as acreditações.
Contudo, muitos jornalistas têm-se queixado e afirmam que esse pedaço de papel não tem sido suficiente para exercerem as suas actividades. A jornalista Katarina Hoije que se encontra em Mopti no centro do Mali em conversa com a Voz da América disse que mesmo com a exigida autorização do ministério de informação, muitos repórteres estão a ser travados quando tentam avançar para o norte.
“Consegue-se passar pela maioria dos postos de controlo com essa acreditação, mas desde que se tenta avançar para cidades maiores ou apenas abandonar a cidade de Sévaré com destino ao norte, surge problemas. Eles dizem ser necessário uma acreditação espacial do ministério da defesa. Isso permite as pessoas andarem a volta mas ainda somente Sévaré, que se encontra muito, muito longe da linha da frente onde estão a ter lugar os acontecimentos.”
Katarina Hoije acrescentou ainda que na Quarta-feira ela e mais alguns jornalistas conseguiram chegar a Douentza, a nordeste de Sévaré, e foram mandados para trás, pelas tropas malianas, e um dos responsáveis militares se desculpou afirmando que tudo era por causa da segurança dos jornalistas.
Os jornalistas europeus e americanos correm também riscos de serem raptados, e além de haver receios de que algumas estradas estão minadas. Quatro soldados malianos foram mortos quando o veículo no qual viajavam passou por uma mina na cidade de Gao na Quinta-feira.
Mas a organização Repórteres Sem Fronteiras no seu comunicado de 17 de Janeiro afirmava que “em tempo de guerra, é da responsabilidade dos jornalistas e das suas agências, e não dos militares, a determinar o risco para o qual estão preparados para a recolha de informação”.
Pouco a pouco, repórteres locais e estrangeiros estão a chegar ao norte, mas em alguns casos os acessos continuam difíceis.
Muitos jornalistas a cobrir a situação no Mali – particularmente os repórteres estrangeiros – têm passado uma boa parte do tempo a tentar chegar a Sévaré, a cidade no centro do país, na linha divisória entre o sul controlado pelo governo, e o norte ocupado pelos radicais islâmicos.
Os repórteres que estivem no Mali no início da luta em Janeiro disseram que os militares bloquearam o acesso por vários dias de jornalistas a duas primeiras cidades onde se registaram combates – Konna e Diabaly. E quando os jornalistas finalmente chegaram, a cidade já estava cheia de soldados e os residentes pareceram pouco a vontade em descrever o que assistiram.
A organização Repórteres Sem Fronteiras, levantou preocupações acerca do que chama “uma grave obstrução” e exigiu as autoridades malianas e francesas a permitir a livre circulação de jornalistas.
O porta-voz do ministério da defesa maliano, o tenente-coronel Diarran Koné disse entretanto que para lá da preocupação em proteger os civis, limitando o acesso as zonas de combates, as autoridades não estão a restringir os jornalistas. O oficial maliano disse ainda, que “muitos e muitos repórteres” que acorreram ao Mali nas últimas semanas, estão a obter as acreditações.
Contudo, muitos jornalistas têm-se queixado e afirmam que esse pedaço de papel não tem sido suficiente para exercerem as suas actividades. A jornalista Katarina Hoije que se encontra em Mopti no centro do Mali em conversa com a Voz da América disse que mesmo com a exigida autorização do ministério de informação, muitos repórteres estão a ser travados quando tentam avançar para o norte.
“Consegue-se passar pela maioria dos postos de controlo com essa acreditação, mas desde que se tenta avançar para cidades maiores ou apenas abandonar a cidade de Sévaré com destino ao norte, surge problemas. Eles dizem ser necessário uma acreditação espacial do ministério da defesa. Isso permite as pessoas andarem a volta mas ainda somente Sévaré, que se encontra muito, muito longe da linha da frente onde estão a ter lugar os acontecimentos.”
Katarina Hoije acrescentou ainda que na Quarta-feira ela e mais alguns jornalistas conseguiram chegar a Douentza, a nordeste de Sévaré, e foram mandados para trás, pelas tropas malianas, e um dos responsáveis militares se desculpou afirmando que tudo era por causa da segurança dos jornalistas.
Os jornalistas europeus e americanos correm também riscos de serem raptados, e além de haver receios de que algumas estradas estão minadas. Quatro soldados malianos foram mortos quando o veículo no qual viajavam passou por uma mina na cidade de Gao na Quinta-feira.
Mas a organização Repórteres Sem Fronteiras no seu comunicado de 17 de Janeiro afirmava que “em tempo de guerra, é da responsabilidade dos jornalistas e das suas agências, e não dos militares, a determinar o risco para o qual estão preparados para a recolha de informação”.