Os primeiros médicos formados pela Faculdade de Medicina de Malanje da Universidade Lueji A’Nkonde já estão no mercado de trabalho.
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“Não estudamos em Havard, nós não estudamos de Oxford, não estudamos em Cambridge, nós não nos formamos na Faculdade de Medicina de Albert Einstein, não, nós nos formamos na Faculdade de Medicina de Malanje da Universidade Lueji A´Nkonde em Malanje em Angola”, recordaram os alunos
Sobre o futuro, garantem que “vamos fazer o que um médico tem de fazer, vamos promover a saúde, vamos prevenir doenças, vamos tratar doentes e vamos a reabilitar os descapacitados”, admitindo “se não conseguirmos pelo talento, conseguiremos pelo esforço”.
Em Angola, 7.886 estudantes estão matriculados no ramo da saúde, dos quais cerca de três mil em seis faculdades de medicina que correspondem a igual número de regiões académicas, com sedes nas cidades de Luanda, Benguela, Cabinda, Lunda-Norte, Huambo e Huíla.
Os dados foram revelados pela secretária de Estado para Inovação do Ministério do Ensino Superior Maria Augusta Martins na formatura geral dos médicos, onde anunciou a entrada em funcionamento das faculdades de medicina nas províncias do Uíge e Kuando-Kubango.
“Temos também 90 matriculados no curso de análises clínicas e 183 no curso de electro-medicina”, resumiu.
A quarta região académica, à margem do lançamento dos primeiros médicos saídos da Faculdade de Medicina de Malanje que representa a componente ensino, no âmbito da dimensão investigação científica e extensão universitária realiza estudos preliminares para a produção em Angola de soros antiofídicos.
O reitor da universidade Lueji A´Nkonde, Samuel Carlos Victorino, ao anunciar o facto, disse que o “projecto de investigação cientifica é bastante ambicioso e de elevada importância para a saúde das populações que é o projecto da caracterização imunoquímica dos venenos das serpentes de Angola”. Ele justificou ainda ser "uma etapa fundamental para a produção de soros (…) que são os antídotos para o tratamento dos casos de mordeduras por serpentes”.
O reitor da instituição académica reconheceu os esforços iniciados pelo então governador de Malanje de Boaventura Cardoso que serviu como alavanca para a implantação do ensino superior nesta província, onde funcionam igualmente a Escola Superior Politécnica e os institutos superiores politécnicos de Malanje e o Instituto Superior de Tecnologia agro-alimentar.
O governador Norberto Fernandes dos Santos reafirmou a existência na região de condições para a formação de quadros de nível superior.