Malanje: Escola acabada de construir no PIIM pode desabar

Escola nova que pode desabar

Obras do PIIM sem qualidade em construção no município do Quela e governador quer explicações de construtores desta e outras obras.

No município do Quela, a mais de 110 quilómetros a norte da cidade angolana de Malanje, há muitas obras inscritas no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) a sua execução está atrasada e sem qualidade necessária.

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Malanje: Escola acaba de construir no programa PIIM pode desabar - 2:31


A matéria-prima em uso para a construção desde 2020 de uma escola de 12 salas de aula que concluída deverá absorver 840 alunos do ensino primário não tem qualidade e a escola é um risco, ressalta o administrador municipal adjunto para área técnica, engenheiro Domingos do Rosário.

“A obra, realmente, não apresenta a qualidade que a gente esperava, e deve-se há vários factores”, disse.

“Um dos factores que poderemos expressar aqui é inicialmente o valor orçamental, esta obra está avaliada em 164 milhões de kwanzas, então, impossibilitou um pouquinho o empreiteiro, o fiscal, portanto, de conseguirem materiais de devida qualidade”, justificou.

Também atrasadas e sem condições está a construção do edifício autárquico de responsabilidade do Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado.

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"O material que se está a usar, a argamassa, contém uma quantidade enorme de argila, e isso pode gerar no futuro adietamento da infra-estrutura", disse.

“É necessário e obrigatoriamente encontrar uma solução de maneira a lapidar ou eliminar essas falhas que estão aqui encontradas”, acrescentou.

O Ministério das Finanças é o departamento que autoriza a execução das obras dos 164 municípios do país.

O governador de Malanje, Marcos Nhunga esteve no município do Quela e não gostou do que viu.

Governador Marcos Nhunga (esquerda)

Algumas empresas que “venceram” os concursos públicos para as referidas empreitadas não possuem capacidade técnica, e ou financeira, mas o governante diz que medidas adicionais serão tomadas para corrigir os erros.

“Pedimos para mudar a qualidade do trabalho, por que o governo paga e eles têm que, realmente, cumprir com as suas obrigações, mas segundo me apercebi a empresa também vem de Luanda, não está cá, tem cá um representante”, disse.

“Vamos sentar e pedir que melhore a qualidade das obras”, acrescentou o governador para quem “só assim o país pode avançar, fazendo as coisas com qualidade”.

Nos 14 municípios da província de Malanje o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) tem uma carteira de 133 projectos avaliados em 26 mil milhões 718 milhões de kwanzas.