O advogado de oito activistas que vão ser julgados amanhã, 20, em Malanje disse desconhecer os pormenores de acusações de que os mesmos teriam exigido ao Governo a entrega de casas, pagamentos em dinheiro e empregos.
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Os oito membros da chamada União de Activistas das 18 Províncias foram presos no fim de semana depois de anunciarem que pretendiam manifestar-se para exigir a reposição do 4 de Janeiro como feriado nacional, em memória do massacre de Cassanje ocorrido durante o colonialismo.
A manifestação foi proibida pelas autoridades locais que disseram não ter competência para decidir sobre feriados nacionais.
O advogado dos detidos Salvador Freire, da Associação Mãos Livres, disse considerar que as prisões são ilegais porque os detidos não foram presos por manifestar-se.
Anteriormente, tinha sido anunciado que o grupo exigira a entrega de 25 residências do tipo T4, 400 mil dólares norte-americanos, nomeações para cargos na função publica entre outras exigências.
Salvador Freire diz desconhecer o número do processo-crime e as alegações que levaram à detenção dos seus constituintes, assim como pormenores da fonte do Governo Provincial de Malanje segundo a qual os activistas exigiram a entrega de residências, dinheiro e a nomeação para cargos administrativos.
“Nós não podemos confirmar a informação, nos não tivemos acesso a informação”, disse.
“Há tuma tentativa do Governo da Província de Malanje de ocultar a realidade dos casos que aconteceram mas mesmo que assim fosse a reclamação não permite que o Governo da Província de Malanje detenha os cidadãos presos”, defendeu o advogado.
Freire reafirmou que o Ministério Público deverá libertar os arguidos do caso por inexistência de flagrante delito.
“Houve uma tentativa de realizar a manifestação, não foi em flagrante delito”, disse Freire, para quem “esta prisão dos jovens é ilegal, nós vamos continuar a nos debater, vamos continuar no sentido de ver reposta a legalidade”.
O representante das Mãos Livres mostrou-se satisfeito com a actuação dos agentes da Polícia Nacional porquanto não maltrataram os jovens que estão detidos na cadeia da Comarca de Malanje.