Mais de mil funcionários dos bancos comerciais extintos recentemente por decisão do Banco Nacional de Angola (BNA) estão desempregados e há 9 meses aguardam pelo parecer da Procurador-Geral da República (PGR).
Daniel Chinguto, um dos funcionários bancários no Cunene, disse à VOA que a situação é lastimável.
"Quando encerraram o nosso Banco Angolano de Negócios e Comércio disseram que seríamos dispensados e que iam levar o caso à PGR, infelizmente já se passaram nove meses e nunca mais disseram nada, estamos atirados à nossa sorte”, afirmou Chinguto, lamentando que o "Sindicato dos Bancários e a PGR não tenham feito nada em defesa dos funcionários de instituições bancárias que foram fechadas por motivações políticas".
Os trabalhadores acusam o governador do BNA de ter tomado as medidas que achou conveniente, mas esqueceu-se acautelar a situação salarial dos despedidos.
A situação agrava-se ainda mais pelo facto de o Instituto de Segurança Social ameaçar desactivar os contribuintes, o que poderá causar outros constrangimentos aos antigos funcionários bancários.
Jerónimo António, empresário e fundador da Câmara Empresarial do Cunene, é de opinião que a PGR deve responsabilizar os culpados e garantir segurança dos funcionários.
Apesar dos esforços, a VOA não conseguiu falar com a PGR.
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