Mais de dez pessoas presas em distúrbios no Lubango

  • Teodoro Albano

Lubango

Treze cidadãos detidos é o resultado do tumulto que envolveu populares e agentes da Polícia Nacional na tarde de quarta-feira, 17, na cidade do Lubango, na sequência do processo que decorre para a transferência de vendedores do antigo mercado do João de Almeida para a zona do Rio Nangombe.

Há ainda a salientar a queima de uma motorizada e a vandalização do posto móvel do centro integrado de segurança pública (CISP), localizado no bairro Bula Matady, vulgarmente conhecido por João de Almeida.

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A administração municipal do Lubango iniciou na última segunda-feira, 15, a transferência coerciva dos vendedores para uma outra zona da cidade em nome de um novo plano urbanístico.

Vendedores e moradores da zona fazem diferentes leituras do processo.

Maria Justa é vendedora não vê razões para a mudança.

“Nós estamos a pedir ao governo para fazer qualquer coisa porque no Rio Nangombe não tem clientes”, disse.

Ruth Quessongo é moradora da zona e vê com bons olhos a transferência do mercado que na sua opinião iria trazer mais segurança ao bairro.

“Uma praça dentro do bairro acho muito complicado e atrás muitos gatunos na verdade”, afirmou.

Para impedir as vendas têm estado por esses dias no local, um forte aparato policial, uma situação que o cidadão Manuel Costa entende que podia ser evitado com mais diálogo.

“Por mim é na base da conversa, meter aqui agentes da polícia todos os dias estarão a desperdiçar tempo é chamar a população conversar e todo o mundo sai a ganhar”, disse.

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O comandante provincial da Polícia Nacional, Divaldo Martins, espera que os detidos sejam punidos.

“Esperamos que o processo seja mandados para julgamento e eles sejam exemplarmente punidos. Temos que entender que não se atacam bens que servem a segurança pública”, sublinhou.

A directora municipal para área económica da administração municipal, Laodice Fernandes, defende que é preciso pôr ordem na forma de fazer comércio na cidade do Lubango.

“Queremos crescer de maneira comercial mas sem que esse crescimento fira aquilo que são os objectivos do plano urbanístico do próprio município”, afirmou.

As autoridades tentam acabar com aquele mercado há mais de 15 anos.