Pelo menos 37.598 pessoas foram mortas em Gaza durante os mais de oito meses de guerra entre Israel e os militantes palestinianos, disse no domingo, 23, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigida pelo Hamas.
O balanço inclui pelo menos 47 mortes nas últimas 24 horas, segundo um comunicado do ministério, acrescentando que 86.032 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, quando os militantes do Hamas atacaram Israel a 7 de outubro.
Aumentam as tensões entre Israel e o Lbano
O Ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, deslocou-se a Washington domingo, 23, para discutir a próxima fase da guerra de Gaza e a escalada das hostilidades na fronteira com o Líbano, onde as trocas de tiros com o Hezbollah alimentam um conflito mais alargado.
Gallant vai encontrar-se com o ministro da defesa norte-americano, Lloyd Austin, e o Secretário de Estado, Antony Blinken.
Entretanto, grupos apoiados pelo Irão no Médio Oriente afirmam que milhares dos seus combatentes se oferecem para ir para o Líbano e juntar-se ao grupo militante Hezbollah na sua batalha contra Israel.
Os grupos apoiados pelo Irão no Líbano, no Iraque, na Síria e noutros países lutaram ao lado das forças governamentais sírias durante a guerra civil de 13 anos na Síria.
O líder do Hezbollah afirma que o grupo tem combatentes suficientes e não precisa da adesão de estrangeiros. As autoridades israelitas ameaçaram com uma ofensiva militar no Líbano se não houver uma solução negociada para afastar o Hezbollah da fronteira.
Netanyahu: disputa com os EUA sobre o envio de armas será resolvida em breve
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse, no domingo, 23, acreditar que o diferendo com os Estados Unidos sobre o ritmo de envio de armas para as forças israelitas que combatem os militantes do Hamas em Gaza será resolvido em breve.
"Há cerca de quatro meses, registou-se uma queda drástica no fornecimento de armamento dos Estados Unidos a Israel. Recebemos todo o tipo de explicações, mas a situação básica não se alterou", disse numa reunião do Conselho de Ministros. "À luz do que ouvi no último dia, espero e acredito que esta questão será resolvida num futuro próximo", disse ele.
Na semana passada, altos funcionários norte-americanos disseram estar perplexos com a afirmação de Netanyahu. As autoridades israelitas afirmaram que pressionaram os seus homólogos norte-americanos "aos mais altos níveis a todos os níveis" para acelerar o fornecimento de armas, tendo Netanyahu afirmado: "Após meses sem qualquer alteração desta situação, decidi dar-lhe uma expressão pública", o que irritou Washington.
Os últimos comentários de Netanyahu, sobre o fornecimento de armas, foram feitos no momento em que o Ministro da Defesa Yoav Gallant se desloca a Washington para falar sobre a guerra.
O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netaniaú, vai discursar perante os legisladores americanos, no congresso dos estados unidos, a 24 de julho. Alguns democratas informaram que não vão comparecer.
c/ AFP e AP