Um estudo da organização Save the Children, diz que pelo menos 350 mil crianças deslocadas, devido à violência armada em Cabo Delgado, estão temporariamente abrigadas em centros de acolhimento e precisam de apoio urgente.
O estudo "Ouvindo a Voz das Crianças em Cabo Delgado" aborda o quotidiano dessas crianças, e diz que pais desaparecidos, a falta de escolas e certidões de nascimento perdidas, são alguns dos temores mais prementes levantados pelos menores.
O mesmo resultou de consultas feitas a crianças de Cabo Delgado deslocadas dentro daquela província e nas vizinhas províncias de Niassa e Nampula.
O director da Save the Children em Moçambique, Chance Briggs, disse que a acção visa melhorar a forma como as necessidades das crianças são respondidas no contexto das guerra naquela província.
Briggs afirmou que "as crianças enfrentam falta de alimentos, vestuário e de máscaras de protecção contra a Covid-19, entre outras necessidades fundamentais.
Acima de tudo, revelou Briggs, "as crianças dizem que precisam de segurança e querem ir à escola, e algumas não podem entrar na escola, porque não estão formalmente inscritas".
Chance Briggs referiu que ao dar voz às crianças de Cabo Delgado, a Save the Children espera que os doadores e governos oiçam, de facto, o que elas estão a dizer e tomem acções no sentido de protegê-las e ajudá-las a sobreviver e a prosperar, apesar dos desafios que enfrentam.