Parte dos mais de 20 mil alunos que este ano interromperam as aulas devido ao conflito político-militar, na província de Manica, centro de Moçambique, vão realizar exames finais especiais nos distritos de proveniência ainda este ano.
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Devido a tensão político-militar, 60 escolas foram encerradas em Manica, nos distritos de Báruè, Mossurize e Manica, e mais de 20 mil alunos ficaram lesados em cumprir com o programa do calendário lectivo 2016, estando previsto a realização de exames finais especiais para o grupo.
“Para aquelas escolas que estiveram em zonas de conflito, e não conseguindo cumprir taxativamente com o programa de ensino, já há uma orientação e estão a fazer os exames especiais”, disse Cardoso Bacar, chefe da comissão de exames da direcção provincial de Educação e Desenvolvimento Humano, de Manica.
Cardoso sustentou que os distritos afectados elaboraram os respectivos exames, em função do grau de cumprimento do programa de ensino rectificativo para aquele grupo de alunos, que gradualmente foram inseridos nas turmas das escolas nas zonas de refúgio.
Os exames finais referentes ao ano lectivo 2016 iniciaram na Segunda-feira última, em todo o país, e começaram com alunos da 2ª e 5ª classes, além do 1º e 3ª anos de Alfabetização e Educação de Adulto.
Segundo Cardoso, as autoridades de educação estão preocupados com as ausencias, sobretudo na educação e alfabetização de adulto, tendo sido registada uma taxa de ausencia de 33.5 por cento no terceiro ano e 34.2 por cento no primeiro.
“A época chuvosa pode ser um indicador que influencia as ausências” precisou Cardoso Bacar, manifestando preocupação com a taxa superior de ausências, admitindo que muitos faltam aos exames para ir preparar campos de cultivo, para agricultura.
Ao todo 245.776 alunos serão submetidos em todo o processo dos exames, desde o ensino primário e secundário, além de alfabetização.