Magistrados são-tomenses suspenderam nesta quarta-feira, 26, a greve iniciada na passada sexta-feira, mesmo sem acordo com o Governo, enquanto o sindicato da classe negoceia com o Executivo a manutenção dos seus direitos e regalias na nova grelha salarial.
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“Sempre estivemos de boa-fé para negociar com o Governo e é neste espírito que decidimos suspender a greve, tendo em conta a abertura para chegarmos a um entendimento”, disse Vera Cravid, presidente do Sindicato dos Magistrados Judiciais e do Ministério Publico, depois de três dias de paralisação em protesto contra a proposta de reajuste salarial submetida ao Parlamento pelo Executivo.
As negociações com o ministro das Finanças têm como base um caderno reivindicativo no qual os magistrados não abrem mão das suas regalias e direitos que o Governo pretende retirar para atender o aumento de 100 por cento do salário mínimo na função publica.
“Há já algumas questões que se prendem com os nossos direitos adquiridos em que o Governo decidiu não mexer, mas ainda precisamos negociar outros aspectos que constam do nosso caderno reivindicativo”, concluiu a líder do sindicato, que, no entanto, não afasta a possibilidade de retomar a greve se o Executivo insistir na intenção de diminuir os seus rendimentos.
A proposta inicial, segundo o sindicato, previa reduzir em 50 por cento os rendimentos dos magistrados.