Magistrados da Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigam casos de corrupção, nepotismo e tráfico de influência na província angolana de Malanje estão a ser perseguidos.
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A denúncia foi feita pelo juiz-presidente do Tribunal Provincial de Malanje, Félix Alexandre Sebastião, na terça-feira, 8, durante a abertura dos trabalhos da IV Reunião da Comissão Provincial de Coordenação Judicial.
Sebastião afirmou que os magistrados do Ministério Público sentem-se inseguros com os assaltos registados em residências e destruição de provas para o devido julgamento.
“A mais recente ocorreu há mais de oito dias quando uma procuradora despertou do sono e deparou-se com um gigante em pé no seu quarto que roubouos seus dois telemóveis”, revelou o juiz, lembrando que os magistrados em Malanje não têm qualquer garantia de segurança pessoal.
“Aqueles que já sabem, ou que suspeitam estão abrangidos, tentam a todo o custo apagarem as provas ou apagarem os autores pela descoberta das provas”, denunciou.
Dos nove casos de corrupção e investigação em curso no Serviço de Investigação Criminal (SIC) e na PGR, apenas um foi tornado público e levou à detenção do director do Gabinete Municipal de Educação de Malanje.
A província tem 13 procuradores.