A Amnistia Internacional condena em comunicado a agressão fisica que o activista angolano Francisco Gomes Mapanda sofreu após a sua transferência para a cadeia de Kakila.
Mais conhecido por “Dago Nível Intelecto”, o activista encontra-se a cumprir uma pena de oito meses de cadeia por desrespeito para com o tribunal que julgava os 17 activistas.
Gomes Mapanda fazia parte do grupo de 17 activistas condenados pelo Tribunal de Provincial de Luanda a penas de prisão de dois anos e quatro meses a oito anos e meio, por rebelião, tentativa de golpe de Estado e associação de malfeitores.
Todos, excepto ele, foram libertados em Junho.
O estado de saúde do activista é débil e foi espancado por oficiais da prisão de Viana depois de ter pedido que a sua família fosse informada da transferência daquela prisião para a prisão de Caquila, onde se encontra actualmente.
Esta acção já foi condenada pela Amnistia Internacional.
Suzana Gomes Macongo, mãe de Dago Nível Intelecto, diz que visitou o filho na terça-feira e que está bastante fragilizado.
Macongo confirmou os maus-tratos infringidos ao seu filho e lamentou a permanência de Dago na prisão, acrescentando que ele também, agora não quer sair antes de terminar de cumprir a pena.
A mãe diz que família encontra-se cansada com as voltas dadas pelos advogados e que apenas espera pelo fim do cumprimento da pena.
Os 17 activistas contestatários da governação em Angola condenados a penas de prisão foram libertados a 29 de Junho por decisão do Tribunal Supremo, que deu provimento ao 'habeas corpus' apresentado pela defesa.
Eles aguardam em liberdade a decisão do recurso da sentença da primeira instância.
Apenas Dago Nível Intelecto continua preso a cumprir uma pena suplementar.