O primeiro-ministro da Somália, dirigentes dos cinco Estados semi-autónomos e o presidente da Câmara de Mogadíscio iniciaram negociações preliminares na capital neste sábado, 22, para desbloquear o impasse em relação à realização das eleições, cujo adiamento provocou uma forte crise política no país e duras críticas da comunidade internacional.
Em Abril, depois de meses de negociações entre os diversos actores da política nacional terem terminado sem acordo sobre a data das eleições, o Presidente, Mohamed Abdullahi Mohamed, também conhecido por Farmajo, e o Parlamento prolongaram por dois anos o mandato do Chefe de Estado.
Entretanto, protestos da oposição e de activistas e as duas críticas da comunidade internaconal, nomeadamente dos Estados Unidos, levaram o Presidente Farmajo a recuar e instruiu o primeiro-ministro, Mohamed Hussein Roble, a organizar as eleições o mais rápido possível.
O início das conversações estava marcado para a passada quinta-feira, 2, mas só hoje teve lugar.
Fontes na reunião ouvidas pela AFP indicaram que as negociações começaram com um forte aparato de segurança Missão da União Africana na Somália (Amisom) e da polícia local.
"A conferência consultiva nacional sobre as eleições foi aberta hoje entre o Governo Federal e os Estados Membros Federais", disse o porta-voz do Governo Mohamed Ibrahim Moalimu em comunicado, sem dar mais detalhes.
As negociações devem durar dias ou semanas.