Léua é um município da província angolana do Moxico, que dista 62 quilómetros da sede capital, e onde, segundo os habitantes, falta de tudo um pouco: Não há escolas, não há hospitais, falta água potável e principalmente as vias de acesso para o Léua é um deus-nos-acuda.
Os moradores pedem uma intervenção urgente do governador provincial.
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Segundo dados do censo realizado em 2014, vivem no Léua mais de 40 mil habitantes, numa extensão de 2.998 quilómetros quadrados.
A VOA falou com vários moradores que desenharam um cenário, em que o hospital municipal tem apenas um único médico, falta água potável depois de vários furos feitos sem sucesso e os produtos da cesta básica são muito caros.
"Para sairmos daqui, para a sede capital ida e volta gasta-se 10 mil kwanzas por pessoa (aproximadamente 15 dólares)", disse um morador.
Os habitantes dizem enfrentar igualmente, em tempo de paz, um défice de liberdade de expressão e de imprensa.
"Aqui só temos é a paz do calar das armas, ninguém tem voz, a rádio aqui não chega, muito menos a televisão, tirando os ricos que conseguem uma antena parabólica", lamentou outro morador.
O município do Léua é habitado maioritariamente membros das etnias Luvale e Tchokwe.
A VOA tentou falar com o responsável da administração municipal de Léuae com o governador da província, Ernesto Mwangala, mas sem sucesso.