Lunda Norte: Terra rica de muita gente pobre

Na busca do diamante.

Os residentes dos mais variados bairros do sector diamantífero do Kafunfo, na Lunda-Norte clamam por melhorias das condições de vida.
Para os moradores em Kafunfo falta um pouco de tudo desde emprego, alimentação, água em condições para consumo, estradas para se deslocar de um lugar ao outro.

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Situação social dramática na Lunda Norte - 1:38

A única coisa que não falta, dizem eles, são diamantes mas este recurso não beneficia os naturais da localidade.

A senhora Luisa Matwika diz ter nascido em Kafunfo, os seus pais também vivem uma situação de carência de quase tudo, tal como e os demais
vizinhos do bairro.
"Não têm comida, água, não há luz, as crianças sofrem quando ficam doentes”, disse acrescentando que no hospital se passam receitas mas não há dinheiro para comprar os medicamentos.

“A água que se consome é do rio”, acrescentou.

O senhor Alberto e companheiros do bairro lamentam o estado das estradas que dificulta a circulação de pessoas e bens.

Por isso pedem aos deputados e ao governo que ajudem a população de Kafunfo..

"Os professores não conseguem transitar para Mussuko, Katchinga, Tchambamba, para darem aulas, as estradas estão péssimas”, disse apelando tambem ao governo para conter a entrada de estrangeiros na província.

“É demais e nós somos maltratados na nossa terra”, disse queixando-se ainda da falta de escolas.

Deputados pelo grupo parlamentar da UNITA que visitaram a província tomaram nota para reportar na Assembleia Nacional o que chamam de “apartheid angolano”.

Figueiredo Mateus "Conseguimos vivenciar aquilo que se pode chamar de apartheid angolano”, disse o deputado Figueiredo Mateus que disse que a situação na Lunda Norte “faz sangrar o coração"