O antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, mesmo preso, continua a liderar as intenções de na mais recente pesquisa do Instituto Datafolha divulgada no fim de semana.
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O deputado federal Jair Bolsonaro, do PSL, aparece na sequência na simulação da corrida presidencial.
De três dos nove cenários em que o nome do petista é colocado, ele aparece em primeiro lugar, com índices que variam entre 30 e 31%.
Quando o nome do ex-presidente é retirado da pesquisa, Jair Bolsonaro lidera com 17% das intenções de voto.
Bolsonaro supera Marina Silva, da Rede, Ciro Gomes, do PDT, Joaquim Barbosa, do PSB, Geraldo Alckmin, do PSDB, Álvaro Dias, do Podemos, Manuela D'Ávila, do PC do B, e Fernando Haddad, do PT, que entraria na disputa à presidência no lugar de Lula.
O Datafolha fez mais de quatro mil entrevistas entre os dias 11 e 13 de Abril, em 227 cidades.
A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
Para o cientista político Osvaldo Dehon, a ausência de Lula no pleito por causa da prisão e condenação pela justiça exigirá mais esforços dos seus concorrentes.
Sobre Marina Silva, uma das pré-candidatas ao pleito, o especialista vê uma candidatura de ruptura com o passado próximo ao petista.
“Acho que o tempo de candidatura da Marina Silva talvez tenha sido inadequado porque ela lançou a sua candidatura justamente no período de detenção do ex-presidente Lula. Numa candidatura que tem um passado, um histórico de proximidade com o petista, uma vez que até já foi ministra durante o governo dele isso pode significar uma tentativa de ruptura com esse passado”, ponderou.
Em relação ao deputado federal Jair Bolsonaro, a ausência de Lula na corrida presencial forçará o candidato a falar mais de si próprio e de suas estratégias.
Para isso deverá deixar de lado os ataques ao antigo presidente.
“Jair Bolsonaro perde alguém que ele gostaria de rivalizar na disputa do pleito. Ele terá que falar muito mais dele e apresentar de forma específica suas propostas. Terá que convencer os eleitores a votar nele e por quais motivos”, disse.
Outro nome na disputa presidencial é do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckimin.
Entretanto, ele passa por um momento difícil, de questionamentos na justiça e de ruptura da sua base paulista.