A crise na FNLA voltou a agudizar esta semana com a expulsão das suas fileiras de altos dirigentes numa reunião do Comité Central realizada em Luanda, em que foram acusados de violação da disciplina partidária.
O Comité Central do histórico partido angolano, liderado pelo sociólogo Lucas Ngonda, voltou a afastar cinco dos seis dirigentes que, há cerca de dois meses, o Tribunal Constitucional ordenou que fossem reconduzidos dos seus cargos depois que foram exonerados por despacho do presidente Lucas Ngonda.
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Esta instância judicial tinha considerado que Lucas Ngonda tinha usurpado poderes de outro órgão do partido que são do Comité Central.
Esta semana o político dirigiu uma reunião de cúpula do seu partido tendo insistido no afastamento definitivo de todos os dirigentes do partido que contestam a sua liderança.
O político substituiu o secretário-geral David Alberto Mavinga e não reconduziu o vice-presidente Jorge Vunge Kiavembua que, embora não tenham sido expulsos, fazem parte dos dirigentes que exigem a convocação do congresso estatutário que devia ter lugar em Julho próximo.
Estão irradiados do Comité Central, Augusto Jacinto Paulo, João do Nascimento Fernandes, Miguel Pinto, José Boaventura e Vicente Albino, enquanto Costa Nicodemos vai cumprir seis meses de suspensão do mesmo órgão.
Para o porta-voz da FNLA Donda Zinga, a medida foi tomada de acordo com os instrumentos jurídicos do partido.
O secretário para a informação da FNLA, agora afastado da direcção, Miguel Pinto qualificou a medida anunciada de “manobra de diversão” e garantiu que a mesma será impugnada junto do Tribunal Constitucional.
A reunião do FNLA marcou o congresso ordinário para finais de Janeiro de 2015.
Lucas Ngonda anunciou também a realização de um fórum de reflexão interna com todos os militantes da FNLA para antes do congresso, incluindo os contestatários da sua liderança.