MPLA conquistou 84 por cento dos votos e vai por isso eleger os cinco deputados sem dar qualquer hipótese a concorrência
A vitória retumbante do MPLA no círculo eleitoral da Huíla está a suscitar algumas reacções na província.
O partido no poder conquistou 84 por cento dos votos de acordo com os últimos dados provisórios divulgados pela CNE e vai por isso eleger os cinco deputados sem dar qualquer hipótese a concorrência.
UNITA e CASA-CE respectivamente não passaram dos pouco mais de 9 e 4 por cento do total de votos na segunda maior praça eleitoral.
O jornalista de investigação, Anselmo Vieira, reconhece o mérito do partido no poder, mas destaca a influência das autoridades tradicionais na mobilização do eleitorado nas zonas rurais em prol do MPLA.
“Zonas houve na província da Huíla na região de Quipungo, Quilengues, Caconda em que as autoridades tradicionais, e mesmo na Chibia, reuniam com o povo a adverti-lo que deviam votar no MPLA, porque não teriam direito a praça; os seus filhos não teriam direito de ir a escola; não teriam condições e isto vai influenciar no voto destas populações”.
Para o também jornalista, Elias Kahango, a falta de visão crítica da maioria da população associada ao desconhecimento desta dos valores da democracia que pressupõe também alternância de poder ainda está vincada entre as pessoas.
Acredita que a base eleitoral do MPLA na região é forte, mas o papel da imprensa pública a seu favor jogou um papel determinante.
“Se nós olhamos hoje a maior parte da nossa população tem um nível de formação baixo, é claro que estas pessoas se deixem levar por essa mensagem da comunicação social”.
Para a derrotada oposição, os nossos interlocutores defendem que devem trabalhar mais e melhorar as estratégias de contacto com o eleitorado.
“É preciso que as forças políticas articulem mecanismos de penetração lá onde está o cidadão, pode ser lá nos subúrbios nos bairros mais recônditos criar mecanismos de trabalho com o cidadão, porque o cidadão ainda não compreendeu não sabe que o regime democrático implica alternância no poder, não sabe isso!”.
“Enquanto a campanha decorre antes da campanha o MPLA já está a fazer a sua campanha através das suas organizações filantrópicas e é necessário que os partidos da oposição estejam atentos a estes factos”.
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O partido no poder conquistou 84 por cento dos votos de acordo com os últimos dados provisórios divulgados pela CNE e vai por isso eleger os cinco deputados sem dar qualquer hipótese a concorrência.
UNITA e CASA-CE respectivamente não passaram dos pouco mais de 9 e 4 por cento do total de votos na segunda maior praça eleitoral.
O jornalista de investigação, Anselmo Vieira, reconhece o mérito do partido no poder, mas destaca a influência das autoridades tradicionais na mobilização do eleitorado nas zonas rurais em prol do MPLA.
“Zonas houve na província da Huíla na região de Quipungo, Quilengues, Caconda em que as autoridades tradicionais, e mesmo na Chibia, reuniam com o povo a adverti-lo que deviam votar no MPLA, porque não teriam direito a praça; os seus filhos não teriam direito de ir a escola; não teriam condições e isto vai influenciar no voto destas populações”.
Para o também jornalista, Elias Kahango, a falta de visão crítica da maioria da população associada ao desconhecimento desta dos valores da democracia que pressupõe também alternância de poder ainda está vincada entre as pessoas.
Acredita que a base eleitoral do MPLA na região é forte, mas o papel da imprensa pública a seu favor jogou um papel determinante.
“Se nós olhamos hoje a maior parte da nossa população tem um nível de formação baixo, é claro que estas pessoas se deixem levar por essa mensagem da comunicação social”.
Para a derrotada oposição, os nossos interlocutores defendem que devem trabalhar mais e melhorar as estratégias de contacto com o eleitorado.
“É preciso que as forças políticas articulem mecanismos de penetração lá onde está o cidadão, pode ser lá nos subúrbios nos bairros mais recônditos criar mecanismos de trabalho com o cidadão, porque o cidadão ainda não compreendeu não sabe que o regime democrático implica alternância no poder, não sabe isso!”.
“Enquanto a campanha decorre antes da campanha o MPLA já está a fazer a sua campanha através das suas organizações filantrópicas e é necessário que os partidos da oposição estejam atentos a estes factos”.