As manifestações da UNITA decorreram sem incidentes neste sábado, 3, em Luanda e em várias províncias de Angola.
Apesar de, inicialmente, haver denúncias de ameaças de autoridades e de várias pessoas, em alguns barros de Luanda, terem deixado as suas casas na noite de sexta-feira, 2, com medo de violência, a manifestação convocada pelo principal partido da oposição para protestar contra a contratação de duas empresas pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) decorreu em quaisquer incidentes na capital.
Milhares de pessoas acorreram ao largo Primeiro de Maio para mostrarem o seu descontentamento com o que a UNITA considera ser uma "ilegalidade da CNE".
Depois da marcha e muitas palavras de ordem e algumas intervenções, o presidente do partido Isaías Samakuva defendeu a posição do seu partido, pedindo a CNE para fazer uma novo concurso para empresas que vão apoiar o processo eleitoral.
Samakuva pediu transparência nas eleições perante os militantes do seu partido que, com este acto, deu início à pré-campanha eleitoral.
Refira-se, no entanto, que Samakuva enfrentou alguns dificuldades para chegar ao destino devido ao bloqueio da polícia que, no entanto, foi desfeito.
A marcha e a manifestação, com um forte dispositivo de segurança, aconteceram sem quaisquer incidentes.
A VOA teve informações que cerca de três mil pessoas participaram em manifestações semelhantes em Moçâmedes, enquanto militantes da UNITA também protestaram contra a CNE em Cuando Cubango, Huíla e Benguela, além de outras províncias.
Enquanto decorria a manifestação em Luanda, Ruben Sicato, antigo ministro da Saúde do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN) e membro da organização do evento, falou à VOA:
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Os partidos da oposição não responderem ao pedido da UNITA para se unirem à marcha de protesto contra a CNE, mas foram vistos dirigentes e candidatos a deputados de algumas das forças da oposição, como da CASA-CE.