Lourenço e Macron pedem retomada de negociações entre RDC e Ruanda

  • AFP

Presidente francês Emmanuel Macron (D) recebe o Presidente de Angola, João Lourenço, no Palácio Presidencial do Eliseu, em Paris, 16 janeiro 2025

Presidente de Angola e da França presenciam assinatura de vários acordos de cooperação bilateral

Os presidentes da França Emmanuel Macron e de Angola João Lourenço apelaram ao retomar dos de negociações "de alto nível" entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda.

"A prioridade deve ser dada ao diálogo e à procura de uma paz duradoura. Juntos apelamos solenemente ao retomar das discussões a alto nível", declarou Emmanuel Macron ao receber o seu homólogo angolano em Paris nesta quinta-feira, 16, no início de uma visita de Estado de dois dias.

Por seu lado, João Lourenço afirmou que "Angola está no caminho de assumir o papel de mediador para tentar resolver este conflito".

O Presidente francês reiterou o seu apoio os esforços de mediação do Presidente Lourenço na crise nos Grandes Lagos.

Ambos sublinharam ainda a vontade de desenvolver o comércio bilateral, entre Luanda e Paris.

Emannuel Macron disse que os dois governos assinaram contratos no valor de 430 milhões de euros.

O grupo francês Suez, já presente em Angola, rubricou uma declaração de intenções para reforçar o acesso à água potável na capital, Luanda.

A Société Générale assinou o contrato de financiamento para a aquisição por Angola de um satélite de observação da Terra, bem como o reforço da cooperação entre a Météo France International e o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica.

Por seu lado, a Agência Francesa de Desenvolvimento assinou uma declaração de intenções para executar um projeto de irrigação, através de um empréstimo de 100 milhões de euros.

Por seu lado, João Lourenço manifestou o "interesse" do seu Governo em reforçar a cooperação com a França na agricultura, turismo, saúde, ensino superior, recursos minerais, petróleo e gás.

Os dois governos comprometeram-se ainda a reforçar a sua cooperação na luta contra a imigração ilegal e o terrorismo, bem como a sua parceria na investigação, na mobilidade estudantil e no ensino do francês em Angola.