As autoridades sanitárias alertam que a população do Namibe poderá enfrentar na época chuvosa um surto de doenças diarreicas devido ao aglomerado de lixo junto das comunidades.
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O aviso veio do chefe da repartição municipal dos serviços de saúde, do Namibe, Inocêncio Sakelo, que, na rádio local, disse que a sua instituição tem feito o possível para educar as comunidades frente a este perigo.
As instituições sociais localizadas nos bairros periféricos da cidade do Namibe, com incidência para as escolas são as que mais registam amontoados de lixo.
Por exemplo, na escola do II ciclo, 10 de Dezembro, localizada no bairro platô, o amontoado de lixo atingiu mais de 5 metros de altura, onde, além do insuportável cheiro, os estudantes também se queixam das moscas e mosquitos.
“Suportamos um cheiro desagradável e não temos como fazer”, lamentou uma das estudantes.
“Aos sábados, temos feito tudo, limpamos a lixeira próxima da nossa escola, mas, mesmo assim, os moradores continuam a colocar lixo junto da nossa escola”, disse um outro estudante da mesma escola.
Alguns encarregados de educação manifestam-se desapontados com o cenário e temem pela saúde dos seus educandos.
Estudantes universitários falam do mau funcionamento da administração municipal do Namibe e acusam o administrador João Guerra de se preocupar mais com actividades do seu partido do que com os problemas das comunidades.
Justino António diz que a cidade do Namibe “tornou-se umentulho de lixo”.
A VOA procurou ouvir autoridades locais do estado, mas sem sucesso.