Lixo acumula-se nas ruas do Lubango

  • Teodoro Albano

Lubango

Falta de pagamentos levou à falencia de companhias de recolha de lixo.

A incapacidade de recolha de lixo nos últimos tempos por parte da administração municipal do Lubango está a deixar os munícipes da capital da província da Huíla insatisfeitos.

Durante a quadra festiva, a produção do lixo aumentou e o amontoado de resíduos sólidos em algumas zonas do centro da cidade é bastante visível.

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Lixo acumula-se no Lubango - 1:58

O lixo que se acumula bem próximo de residências retira o sossego de muitos moradores, como é o caso de Maluti João.

“A população que vive ao redor não tem como manter o lixo em casa. Eles têm que vir depositar, mas a administração também tem que facilitar recolhendo pelo menos de um em um sábado ou mesmo em todos os sábados”, disse.

Para Antónia Zeza, eficiência na recolha do lixo precisa-se no Lubango, porque, segundo ela, a situação começa a colocar em risco a saúde das famílias.

“A recolha é feita com muito pouca eficiência nós é que sofremos bastante por causa das moscas que se acumulam e às vezes nem podemos abrir as janelas para entrarum pouco de ar porque é difícil, mesmo porque o contentor está mesmo em frente ao nosso prédio e torna-se muito difícil”, lamentou.

A administração municipal do Lubango admite dificuldades na gestão do saneamento básico, mas atribui o problema à falência de muitas empresas de limpeza e saneamento que por força da crise financeira encerraram ou viram-se obrigadas a despedir trabalhadores.

Apesar de dizer que o saneamento básico estar entre as prioridades, o administrador municipal do Lubango, Francisco Barros, reconhece que o momento é difícil.

“Todos os anos traçamos estratégias para que possamos controlar os principais focos de lixo ao nível da cidade”, afirmou Barros, reconhecendo estar "com algumas dificuldades porque as empresas contratadas estão praticamente há quase um ano e de18 meses que não recebem e a administração municipal tem estado a fazer alguma coisa para minimizar a situação”.

A VOA sabe que das cerca de cinco empresas que prestavam serviço de limpeza e saneamento ao município do Lubango apenas uma tenta resistir com muita dificuldade ao impacto da crise financeira do país.