O Presidente cubano, Miguel Diaz Canel, visitou Moçambique, numa altura em que a cooperação entre os dois países não se desenvolve para outros níveis, por causa das limitações financeiras entre Maputo e Havana, dizem analistas.
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O estadista cubano visitou Moçambique depois de ter participado, na cimeira dos BRICS, na África do Sul, para reforçar as relações entre os dois países, que, segundo o analista político Fernando Lima, são boas, mas têm problemas de fundo, que têm a ver com as disponibilidades económicas das duas nações.
Para aquele analista, a cooperação não se desenvolve para outros níveis por causa das limitações financeiras que existem, quer da parte de Cuba, quer da parte de Moçambique.
"Eventualmente Cuba poderia ter em Moçambique muito mais cooperação técnica, mas não está em condições de fornecer essa cooperação a titulo gracioso, nem Moçambique tem disponibilidade para pagar essa cooperação," disse Lima.
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Ele anotou que "a cooperação que existe entre Moçambique e Cuba é a nível simbólico e não há qualquer evidência de que ela possa ultrapassar este nível de simbolismo dos moçambicanos que estudaram em Cuba e dos técnicos que atualmente trabalham em Moçambique".
O também analista político Ivan Mausse destaca o papel de Cuba na formação de quadros, sobretudo para o sector da saúde, e espera que esta visita sirva para o reforço da cooperação, não só neste domínio mas noutros sectores de atividade em Moçambique.
Por seu turno, o porta-voz da Renamo, José Manteigas, destaca a importância da visita do presidente cubano, embora não saiba qual é o interesse de Cuba em Moçambique, ‘’porque, infelizmente, todos os acordos que os sucessivos governos moçambicanos assinam são secretos’’.
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