A vice-presidente nacional da Liga da Mulher Angolana(LIMA), organização feminina do partido da Unita, Helena Bonguela Abel considerou preocupante o elevado o índice de violência sob intolerância política na província do Uíge.
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Helena Bonguela, que falava no ultimo sábado à VOA no âmbito da realização do 12º acampamento regional da LIMA que decorreu de 5 a 7 do mês em curso na cidade do Uíge, manifestou o seu descontentamento pelo clima de intolerância política constatado na região.
O descontentamento surge pelo facto de algumas individualidades do Governo local, liderado pelo partido no poder, tentarem impedir a realização da sua actividade política no local programado.
“Infelizmente encontramos um ambiente não propicio e constatamos que essa província do Uíge ainda pactua com a intolerância política, é assim que a nossa actividade começou mais tarde porque tivemos de estar de novo com algumas individualidades governamentais que foram se justificando a sua maneira tudo para impedir a realização da nossa actividade”, disse Helena Bonguela Abel.
A vice-presidente da Liga da Mulher Angolana afirmou ainda que as mesmas individualidades governamentais que tudo faziam para impedir a realização do acto da sua organização ameaçavam transportar os populares que participaram da mesma actividade nas pás escavadoras das máquinas de obras de construção civil em caso de não abandonarem o local.
Helena Bonguela considerou a acção como sendo uma orientação vertical proveniente do Presidente da República e do partido no poder José Eduardo dos Santos, por se tratar de uma acção conjunta que se tem vindo a constatar nas demais província do país.
“Há aqui uma orientação vertical, acredito que as entidades provinciais estão a cumprir uma ordem de um único homem e nós sabemos quem é este homem, é José Eduardo dos Santos, isto sente-se aqui e nos últimos dias por Angola toda, e é por isso que estamos a dizer que é uma orientação vertical”, acusou aquela responsável que condenou as atitudes do Presidente da Republica.
A VOA no Uíge tentou contactar membros do partido no poder na província mas sem sucesso.