A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denuncioui nesta sexta-feira, 8, a detenção do dirigente do Partido da Renovação Social (PRS), Alqueia Tambá, por agentes do Ministro do Interior.
O vice-presidente daquela organização exige a libertação imediata do dirigente político, que, segundo o Ministério do Interior, está a ser ouvido.
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Na quarta-feira, 6, Alqueia Tambá, em conferência de imprensa organizada pelo autodenominado “Movimento de Salvação do PRS em Memória de Kumba Ialá”, e ligado a uma das listas concorrentes à liderança do partido, teceu duras críticas ao Presidente da República, acusando-o de corrupção.
Aquele dirigente político afirmou ainda que “nunca vão chamar Umaro Sissoco Embaló de Presidente.
“Nunca o vamos chamar de Presidente, porque sabemos o que houve no dia 27 foi um golpe”, disse.
Contactado pela VOA, o vice-presidente da LGDH, Bubacar Turé, considera que é uma detenção arbitrária porque se o Sr. Alqueia, nas suas declarações, proferir algum insulto ou cometer algum crime, os lesados têm o único caminho, que é recorrer às instâncias judiciais para apresentarem uma queixa contra ele”.
Alqueia Tambá prometeu, na altura, organizar uma manifestação para dizer “basta”, porque, disse ele, “não se pode admitir que o país seja vendido”.
Ele acrescentouo que “não se podia admitir um Presidente que não zela pela saúde e educação da sua população, diante de registos de constantes sequestros dos cidadãos”.
A LGDH tem estado em contacto com o Ministério do Interior e, segundo Bubacar Turé, “há uma audição em curso do Sr. Alqueia e depois vão comunicar os passos a seguir”.
A VOA contactou o Gabinete de Comunicação do Ministério do Interior sobre o caso, mas um dos elementos da estrutura afirmou que, por enquanto, não haverá qualquer pronunciamento sobre o assunto.