A liberdade de imprensa em Angola ainda sofre muitas limitações até do ponto do vista legal.
A opinião é do padre e jornalista, Jonas Pacheco Simão, que vê o exercício da profissão em Angola a duas velocidades: “uma em Luanda que considera com mais abertura” e diversos veículos de comunicação e “outra no resto do país”, mais fechada e circunscrita.
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Simão aponta as dificuldades de abertura de mais meios de comunicação social fora da capital, como um dos indícios de como vai a liberdade de imprensa em Angola.
“Nós temos o problema da Rádio Ecclesia que continua de facto por resolver. Não sabemos por que não se permite à emissora católica de Angola transmitir para todo o país. Também sabemos que mais pessoas querem criar rádios locais e uma outra pessoa quer pôr a funcionar uma televisão, mas do ponto de vista legal ainda não se tem feito mais para abrir a imprensa”, denunciou Simão.
Na visão do também vigário da Sé Catedral do Lubango, proferida no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, “um dos termómetros da democracia é o desempenho da imprensa” que na sua visão “encontra barreiras”.
Jonas Pecheco Simão diz mesmo que em Angola há perseguição de quem escreve, pensa e fala diferente do poder instituído.
“Um dos termómetros é de facto a liberdade de imprensa o desempenho da imprensa, nesta altura fala-se sempre das fontes, mas também infelizmente às vezes na perseguição de quem pensa diferente, de quem escreve diferente, de quem fala diferente. É um aspecto que devíamos trabalhar mais. O nosso país, creio, não está bem classificado e isto não pode orgulhar nenhum angolano”, concluiu o padre.