O Tribunal Regional de Blantyre, no Malawi, voltou a adiar esta quinta-feira, 13, a leitura da sentença de 24 madereiros, dos quais 21, moçambicanos presos desde Novembro e acusados de seis crimes, desde entrada e exploração ilegal de torros numa reserva natural protegida no Parque Nacional de Lengwe.
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O juiz residente Thom Ligowe remarcou a nova data para terça-feira, 17, após os arguidos terem esperado por cerca de oito horas na sala.
“Essa situação é dolorosa, não temos outra opção além de olhar”, declarou Maria Graciete, esposa do madereiro português, que junto com outros dois chineses, lideravam a empresa acusada de explorar madeira em área de conservação.
Este é o sexto adiamento da leitura da sentença de 21 moçambicanos, dois chineses e um português envolvidos no caso.
Outros 12 malawianos, que trabalhavam no acampamento e flagrados na operação da Polícia, também estão detidos.
Os familiares reclamam a demora da justiça.
A história
O grupo, que perfaz 36 arguidos, que era liderado pelo português e os dois chineses, foi detido em duas operações da força do Departamento de Parques Nacionais e Vida Selvagem do Malawi a 1 e 2 de Novembro de 2016 no Parque Nacional de Lengwe, a cerca de cinco quilómetros da fronteira com Moçambique num acampamento madereiro.
A imprensa moçambicana reporta que a área de exploração, com marcos fronteiriços coloniais, pertence a Moçambique.
Durante a operação, a força malawiana apreendeu cerca de dois milhões de dálares em equipamento, incluindo dois bulldozers, que eram usados para limpar estradas para o parque nacional de DOA, na província moçambicana de Tete, além de seis tratores, um camião, um Toyota Landcruiser e um Toyota Hilux, duas motosserras e quatro motos.
A 3 de Novembro, os madereiros foram transferidos do Parque Nacional de Lengwe para o comando de Chikwawa.