Legislador democrata abre processo na justiça contra Donald Trump e seu advogado por conspiração

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Rudy Giuliani e Donald Trump

Bennie Thompson responsabilidade o antigo Presidente e Rudy Giuliani por incitar o motim de 6 de Janeiro contra o Capitólio

O parlamentar do Partido Democrata dos Estados Unidos Bennie Thompson entrou com um processo na justiça nesta terça-feira, 16, contra o antigo Presidente Donald Trump e o seu advogado Rudy Giuliani por conspiração para estimular um motim no dia 6 de Janeiro, quando centenas de apoiantes de Trump invadiram o Capitólio.

"A insurreição foi o resultado de um plano orquestrado por Trump, Giuliani e grupos extremistas como os Oath Keepers e Proud Boys, que compartilhavam o objectivo comum de intimidar e ameaçar [os legisladores] para impedir a certificação do Colégio Eleitoral", justifica em comunicado Thompson, que é presidente do comité de segurança interna da Câmara dos Representantes.

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A nota acrescenta que uma organização que representa grupos de afro-americanos e um escritório de advocacia são os responsáveis por defender o caso nos tribunais.

Fontes indicam que outros membros do Congresso, como os representantes democratas Hank Johnson e Bonnie Watson Coleman, também devem aderir ao processo.

Mais de 18 pessoas associadas ao grupo de extrema direita Proud Boys foram acusadas até agora pelo seu suposto papel durante os distúrbios e três supostos associados dos Oath Keepers foram indiciados por conspiração para invadir o Capitólio.

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Além de suspender o acto de certificação da vitória de Joe Biden no Congresso, os invasores destruíram propriedade, tentaram apanhar o vice-presidente Mike Pence, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi e outros legisladores.

Um polícia e quatro invasores morreram.

O antigo Presidente Donald Trump, o primeiro a ser impugnado duas vezes pela Câmara dos Representantes, foi absolvido no julgamento pelo Senado no dia 13 por 57 votos a favor e 43 contra.

Com apenas 50 senadores, os democratas receberam o apoio de sete republicanos, mas necessitavam de 67 votos para condenar Trump.

Os advogados de Trump e os republicanos sustentaram que o julgamento era anticonstitucional porque o antigo Presidente tinha terminado o mandato a 20 de Janeiro.