O director do laboratório militar britânico de Porton Down, Gary Aitkenhead, afirmou não ter sido possível determinar se o agente neurotóxico usado para envenenar o ex-espião russo Serguei Skripal e a a filha, Yulia, teve origem na Rússia.
"Fomos capazes de identificar que se trata de Novichok, de identificar que foi um agente neurotóxico de tipo militar", afirmou em entrevista à televisão Sky News nesta terça-feira, 3, "mas não identificamos a sua origem exacta".
Aitkenhead acrescentou no entanto que o Governo britânico utilizou "várias outras fontes para chegar às suas conclusões", segundo as quais a Rússia seria a responsável pelo ataque, algo que Moscovo nega enfaticamente.
"O nosso trabalho é proporcionar provas científicas para identificar o agente neurotóxico em questão, mas não é trabalho nosso dizer onde foi produzido", explicou Aitkenhead.
Aquele responsável disse que a fabricação do agente neurotóxico necessita "de métodos extremamente complexos, algo que apenas o Estado tem capacidade para fazer".
O cientista desmentiu, por outro lado, as acusações de Moscovo, segundo as quais o agente neurotóxico poderia proceder justamente do laboratório militar britânico.
"É totalmente impossível que proceda de nós ou tenha saído do nosso laboratório", concluiu o director do laboratório militar britânico de Porton Down, Gary Aitkenhead