Cinco anos após a sua construção, a centralidade da Kibaúla, localizada perto do Sumbe, na província angolana de Kwanza Sul, continua vazia sem quaisquer residentes nos pouco mais de 2.000 apartamentos ali construídos.
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Para além dos apartamentos tipo T-2 e T-3, o complexo inclui também 100 lojas, quatro escolas e postos de saúde.
O "vazio" de habitantes deve-se à falta de água e de vias de acesso
A centralidade de Kibaúla foi construída por uma empresa israelita, encarregue também da sua protecção, enquanto não forem comercializadas as referidas residências.
O embaixador de Israel em Angola. Oren Rozemblat, esteve no Kwanza Sul e foi à centralidade de Kibaúla inteirar-se do que falta, bem como estudar mecanismos de como estender o projecto para construção de mais residências na Kibaúla.
“Eu acho que as pessoas do Sumbe vão ter a grande oportunidade para viver numa centralidade maravilhosa”, disse Rozemblat.
O vice-governador da província para o Sector Técnico e Infraestruturas, Demétrio Brás Sepúlveda, considerou que a empresa Cora já preparou os trabalhos a efectuar.
“A empresa já tem um cronograma de trabalhos que passa pela construção de infraestruturas externas, água e acessos", disse o responsável, garantindo que as obras já começaram.
“Na outra fase vai ser a conclusão dos equipamentos como escolas e postos de saúde, fazer pequenos acabamentos”, acrescentou.
As autoridades esperam que tudo esteja pronto para que a centralidade passe a ter habitantes em Setembro do próximo ano.
No entanto, a VOA sabe de fonte segura que a centralidade vai enfrentar grandes problemas no abastecimento de água, uma vez que, por preferência da Direcção Nacional de Águas, a água sairá do rio Cambongo na cidade do Sumbe numa operação que vai custar nove milhões de dólares.
A anterior proposta do Governo da província era a de trazer água para a centralidade a partir do rio Keve, num propjecto de quatro milhões de dólares.