“O Governo angolano deveria apoiar muito mais o grupo “Kituxi e Seus acompanhantes”, diz Miguel Francisco dos Santos Rodolfo, conhecido por Kituxi, fundador do mais popular grupo tradicional no país.
“Kituxi e seus acompanhantes” celebrou 40 anos de fundação no passado 23 de maio.
“Representamos Angola em muitos países da Europa, África, América, Latina e do Sul, apenas por amor à camisola, pela pátria. Merecíamos ser tratados com maior dignidade”, desabafa o artista.
Miguel Kituxi padece de uma doença que o impede de continuar a dar contributo no grupo, desde 2013.
Apesar desta condição, o fundador do “Kituxi e seus acompanhantes” diz que enquanto estiver em vida estará sempre disponível para dar a conhecer a sua experiência artística de mais de 50 anos.
“Gostaríamos que o Governo e suas instituições culturais nos cedessem um espaço de artes e ofícios para o ensino e aprendizagem aos mais jovens. É urgente a continuidade”, sugere Kituxi.
Fundado a 23 de Maio de 1980 por Miguel Rodolfo “Kituxi”, o grupo tem um repertório onde se destacam temas como “Mu Ilumba”, "Dingongenu dia Mona”, "Ngitabulé”, "Nza Mundelé”, "Santa Maria”, "Amba”, “Nzala” e outros que constam nos discos “Nguitambulé” (1984), “Dingongenu” (2001), “Kufikissa” (2009) e “Kene Kimoxi” (2016).
Com quatro obras discográficas publicadas, o grupo Kituxi é considerado como sendo o mais internacional de Angola, com atuações na Hungria, Zimbabwe, Suécia, Alemanha, Rússia, antigo Jugoslávia, Noruega, Brasil, Bulgária e Portugal.
O grupo tem no seu elenco Inó Gonçalves (tambor solo), Zé Fininho (dikanza), Raúl Tolingas (tambor baixo), Nando Francisco (mukindu) e Jorge Mulumba (voz principal, hungu e puíta).
Fizeram parte da primeira formação, Chico Açucareiro, no mukindo, Inó Gonçalves, na ngoma solo, Antoninho Partoscornos, na ngoma base, Adãozinho, que substituiu Manuel Baptista Manuelito, na dikanza e na voz principal, hungu, kissanje e puíta.
Acompanhe a conversa com Miguel Freancisco dos Santos Rodolfo “Kituxi:
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