"Os Kandimbas, o Chefe e a Pátria" é o titulo da mais recente obra literária do jurista/advogado Miguel Francisco (Michel) lançada no passado 18 de Outubro em Luanda, depois da sua estreia com a "Nuvem Negra" (2007), a que se seguiram "Reflexão"; (2010) e a "Chaga"(2012).
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Com a "Nuvem Negra", Michel entrou para a história deste país, como tendo sido o primeiro autor angolano a editar em Angola um livro de memórias sobre o 27 de Maio, onde ele descreve na primeira pessoa tudo quanto viu e sofreu na sequência da sua detenção em 1977 e do seu desterro para o terrível campo de concentração da Calunda/Moxico.
Em termos de conteúdo, o título com que esta quarta-feira Michel faz questão de renovar a sua aposta nos livros, é considerado pelo próprio como sendo uma crítica política ficcionada/satirizada ao desempenho do poder, tendo como referência inicial o ano de 2002, altura em que o país alcançou a paz definitiva.
A figura do Kandimba (Coelho) é a imagem de como a política é feita em Angola, inspirada na esperteza e na rapidez como este animal se movimenta e se reproduz.