Juízes moçambicanos prometem penas duras aos traficantes de seres humanos

Juiza Katia Vanessa

Juízes moçambicanos estão determinados em combater o tráfico humano, prometendo penas pesadas para os réus que forem dados como culpados em sessões de julgamento.

São juízes de tribunais do sul de Moçambique que estiveram numa capacitação, esta semana, em Maputo, promovida pela Procuradoria-Geral da República, em matéria de tráfico de seres humanos.

Kátia Vanessa Mac-Artur, magistrada desde 2014, juíza presidente da terceira secção criminal do Tribunal Municipal Kamubukuana, da cidade de Maputo,diz que “é um tema apaixonante."

Ela está feliz por ter sido escolhida para ser formadora. E se um dia for a julgar um caso de tráfico de seres humanos, e ficar provada a culpabilidade do réu, não terá contemplações. Irá agir sem medo, aplicando uma pena pesada.

"Quando a gente escolheu ser magistrada, então, abraçamos a carreira. Então, vou aplicar a lei. Sem medo," garante.

Juiza Nadira Padamo

Com dureza é como vai agir também Nadira Padamo, magistrada do Tribunal Kamaxaquene, na periferia da cidade de Maputo. "Acredito que vou lidar(com dureza) e é por isso que fomos escolhidos para fazer parte desta formação."

E, se for a lidar, vai agir com determinação. Medo dos traficantes? Não, não terá. "Não irei hesitar, de forma alguma. A ideia é que se aplique penas pesadas, penas severas, para que se estanque esta prática deste crime em Moçambique."

A magistrada Nadira Padamo diz que o juiz tem um papel muito importante nos esforços de combate ao tráfico de seres humanos. "Evidente (…) e somos nós que temos que passar essa informação de desencorajamento desta prática do crime cá em Moçambique. Nós temos um papel crucial, sim."

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