O Presidente angolano João Lourenço defendeu na abertura da reunião do Bureau Político do MPLA, nesta terça-feira, 30, que as autoridades não vão interferir no andamento da justiça e que não haverá qualquer negociação interna para acabar com o combate a corrupção.
Entretanto, juristas dizem que a interferência da justiça começa na indicação dos próprios juizes.
“Nao deve o poder politico interferir na justiça colocando em causa a independência dos tribunais depois de ganhos obtidos pelo país, o MPLA está proibido de passar mensagem desecorajadoras”, disse Lourenço na reunião daquele órgão do partido no poder que fez uma análise da situação económica de Angola.
Leitura diferente tem o jurista Salvador Freire, presidente associação Mãos Livres qie alerta para a existência na prática de interferência no sistema de justiça, mas aplaude a ideia de João Lourenço em não mais interferir na justiça.
Já o também jurista Pedro Kaprakata entende que a interferência do poder político na justiça começa logo na indicação dos juizes e por isso não acredita nas declarações do presidente do MPLA.
“Se o juiz é nosso, nós não precisamos mais dar corda, basta ver a origem dos próprios juizes”, justificou.