O Tribunal Provincial de Luanda marcou para o dia 14 o início do julgamento do chamado "caso da burla tailandesa”, em que mais de uma dezena de pessoas são acusadas de, entre outros crimes, tentar burlar o Estado em cerca de 50 mil milhões de dólares.
A confirmação da data do julgamento foi feita à VOA por familiares do antigo secretário para Informação do MPLA e ex-director da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, um dos acusados e que se encontra em prisão domiciliária.
Entre os indiciados está também general José Arsénio Manuel, quem como os demais, responde pela prática dos crimes de associação criminosa, fabrico e falsificação de títulos de crédito, falsificação de documentos e uso de documento falso, por burla por defraudação na forma frustrada, promoção e auxílio à imigração ilegal e tráfico de influência.
Em prisão preventiva estão também Celeste de Brito António e Cristian Albano de Lemos (angolanos), Raveeroj Ritchchoteanan, Monthita Pribwai, Manin Wantchanon, Theera Buapeng, (de nacionalidade tailandesa), Andre Louis Roy (do Canadá) e Million Isaac Haile (da Eritreia).
Em declarações à VOA a 20 de Setembro, o advogado do antigo secretário de Informação do MPLA, Evaristo Maneco, considerou a prisão de apenas "um populismo judiciário para ludibriar os angolanos" que se está a fazer justiça no país.
Em Novembro de 2017, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve um grupo 11 pessoas acusadas de tentativa de burlar o Estado em cerca de 50 mil milhões de dólares.
Tudo terá começado quando os estrangeiros chegaram a Angola com o objectivo, segundo eles, de criar uma sucursal da Centennial Energy Company, Limited, para alegadamente investir no país até aquele valor.
As investigações do SIC no entanto concluíram que não havia qualquer linha de crédito disponível.