Os juízes moçambicanos estão cada vez mais preocupados com a falta de segurança e o assassinato de magistrados no país.
Os fazedores de justiça afirmam que o crime organizado está cada vez mais forte e que o Estado deve fazer algo o mais depressa possível para evitar males maiores.
Em Maio de 2014, o juiz Dinis Silica foi barbaramente assassinado na cidade de Maputo e em Março de 2015 o advogado e professor Gilles Cistac foi também morto, meses antes de desconhecidos terem eliminado fisicamente o jornalista Paulo Machava.
A 11 de Abril deste ano, no Município da Matola, também no sul de Moçambique, bandidos executaram, à porta da sua casa, o magistrado do Ministério Público Marcelino Vilanculos.
Até hoje, nenhum dos homicídios foi esclarecido e, por isso, os magistrados estão assustados e indignados.
Carlos Mondlane, presidente da Associação Moçambicana de Juízes, diz que o crime está cada vez mais violento e organizado e a resposta, por parte do Estado, não é satisfatória, enquanto Osvalda Joana, juíza conselheira do Tribunal Supremo, afirma haver muita ganância porque muita gente não olha a meios para atingir os fins.
Neste contexto, a Associação Moçambicana de Juízes, em coordenação com diversos parceiros, reuniu-se em Maputo com os outros actores para debater o tema.
Uma das conclusões e recomendações consideradas urgentes é que deve haver segurança para proteger os juízes.
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