Um juíz do tribunal judicial de Joanesburgo, África do Sul, recusou hoje, 30, conceder caução ao jovem moçambicano envolvido no caso do assalto a equipa de jornalistas da televisão pública sul-africana SABC.
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Pascoal Júnior vai ficar detido até ao julgamento marcado para o dia 20 de Abril.
O jovem moçambicano não participou directamente no assalto, só que recebeu os produtos roubados e vendeu-os a um cidadão do Bangladesh a quem foi dada caução.
Os dois assaltantes não pediram caução ao tribunal judicial de Joanesburgo durante a audiência sobre o caso de assalto à equipa de jornalistas da SABC no inicio deste mês em Joanesburgo.
Pesam sobre Pascoal Júnior os factos de ter recebido três telefones e computador roubados que vendeu a um cidadão do Bangladesh por 9.500 rands.
O tribunal acredita que Pascoal Júnior faz parte da quadrilha de ladrões e além do mais faz negócio usando visto de visita ou de turismo, o que é expressamente proibida nos termos da lei sul-africana.
Nas suas declarações à policia, Pascoal Júnior disse que trabalhava na Associação de Táxis de Moçambique em Joanesburgo, o que também não deixa de ser ilegal para uma pessoa sem visto de trabalho na África do Sul.
Nos registos da polícia consta que o jovem moçambicano tem antecedentes criminais relacionados com o negócio de produtos roubados. Com estas informações no papel, o juiz Coetzee, por sinal grande conhecedor de Moçambique, recusou conceder caução a Pascoal Júnior.
Depois da sessão que durou cerca de duas horas intercaladas, a esposa e amigos de Pascoal Júnior eram pessoas derrotadas pelos factos e sem vontade de mostrar as caras nas câmaras de televisão ou mesmo dar a voz.
O companheiro de negócio de Júnior, o cidadão do Bangladesh, com documentos de requerente de exílio e dono de uma pequena loja de produtos electrónicos, conseguiu caução mediante o pagamento de 3 mil rands.