A recente libertação do antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos, e do director-geral da empresa Quantum Global que geria valores do Fundo, Jean-Claude de Morais, inicialmente acusados de associação criminosa, recebimento indevido de vantagens, corrupção e participação económica em negócios, começa a dividir opiniões na sociedade.
No seio dos militantes do MPLA, alguns começam a questionar o propalado combate à corrupção do Presidente João Lourenço e há muitos que recusam falar quando questionados.
Isaias Calunga, presidente do Conselho Provincial da Juventude (CPJ), é um forte apoiante de Lourenço.
“É uma governação bastante participativa e que não resolve apenas os problemas dos militantes, mas também da sociedade em geral”, sustentou.
Por seu lado, Bento Kangamba, general, empresário e militante do MPLA, preferiu dividir, como se diz na gíria, o mal pelas aldeias.
“Eu estou feliz e sou fiel com os dois, seja o Presidente José Eduardo dos Santos, seja Joãoo Lourenço, ou seja eu apoio o meu partido”, assegurou.
Já o analista Agostinho Sicato afirma que “hoje, nos rostos dos militantes do MPLA, vê-se mais tristeza do que alegria”.
O escrutínio do Presidente João Lourenço continua a ser feito frente ao que muitos dizem ser mais retórica do que prática.
Outros, no entanto, lembram que o trabalho está a ser feito, mas devagar.