João Lourenço realça “a paz e a reconciliação nacional” como "obra maior" de José Eduardo dos Santos

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Presidente angolano João Lourenço assina livro de condolências do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, Luanda, Angola, 11 Julho 2022

Presidente angolano foi o primeiro a assinar o livro de condolências no Memorial Dr. Agostinho Neto

O Presidente angolano destacou a obra maior do antigo Chefe de Estado José Eduardo dos Santos, “a paz e a reconciliação nacional”, ao ser o primeiro assinar o livro de condolências no Memorial Dr. Agostinho Neto, disponibilizado pelo Governo para que os angolanos rendam a última homenagem a Santos.

"Neste momento de dor e consternação, os angolanos choram o Presidente José Eduardo dos Santos que, nos momentos mais críticos do país, entregou-se por inteiro à defesa da Independência e da soberania nacional. Vergamo-nos e honramos a sua memória, defendendo e perpetuando a sua maior obra, a paz e a reconciliação nacional. À família enlutada manifestamos os nossos mais profundos sentimentos de pesar", escreveu Lourenço nesta segunda-feira, 11, em Luanda.

Memorial Dr. Agostinho Neto, em homenagem ao antigo Presidente José Eduardo dos Santos, Luanda, 11 Julho 2022

O Presidente angolano esteve acompanhado do presidente da Assembleia Nacional, Fernando Dias dos Santos “Nandó”, o segundo assinar o livro, vários membros do Governo e representantes dos órgãos de soberania e dos tribunais superiores, bem como alguns históricos do MPLA.

O local transformado em velório público tem fotos do antigo Presidente, bandeiras negras a meia haste e cartazes debruados com faixas pretas, com frases como “Zedu”, “um homem do povo”, “um bom patriota”, “com o MPLA no coração”.

A partir das 14 horas, o local estará aberto para receber todos que queiram homeagear o falecido Presidente, cuja família não está presente.

Comité do MPLA em Luanda, homenagem a José Eduardo dos Santos, 11 Julho 2022

Refira-se que, apenas o filho de Santos, José Filomeno dos Santos, encontra-se em Luanda, impedido de viajar por aguardar um recurso interposto junto do Tribunal Supremo contra a pena de cinco anos de prisão imposta no caso “500 milhões”.
“Zenu”, como é conhecido, disse que o impedimento é ilegal porque a justiça retirou todas as medidas de coação, mas as autoridades mantêm os seus passaportes apreendidos.

Espaços semelhantes devem ser abertos em todas as províncias, onde, como na capital, os comités do MPLA criaram lugares para prestar a derradeira homenagam ao se antigo líder.