O presidente angolano João Lourenço reafirmou hoje a determinação do seu governo em continuar com o combate à corrupção e renovou o compromisso com a realização de eleições autárquicas sem contudo avançar qualquer data.
O presidente falava perante no seu discurso sobre o estado da nação perante o novo parlamento saído das eleições de Agosto em que o seu partido MPLA tem uma presença diminuída face á anterior legislatura nao tendo agora maioria qualificada.
Isto significa segundo analistas que o MPLA terá que estar mais aberto a compromissos face uma oposição galvanazida com os resultados.
Num longo discurso o presidente angolano disse que combate à corrupção “continua a ser levado a cabo com determinação" afirmando que desde que asusmiu a presidência pela primeira vez em 2017 foram instaurados 527 processo dos quais 247 foram concluídos com 106 processos crime.
A recuperação de valores desviados, atinge o valor de 5.600 milhões de dólares entre 2019 e setembro de 2022, enquanto a apreensão de bens e valores chega aos 15.000 milhões de dólares
No que diz respeito às autarquias o Presidente angolano afirmou que continua empenhado em reforçar o poder local e anunciou que vai apresentar uma proposta de lei relativa às autoridades tradicionais e às relações institucionais entre estas e o Estado angolano.
Na economia João Lourenço disse ainda que na sua presidência o pais tinha revertido a situação macroeconómica do pais que alcançou saldos fgiscais positios á excepção do ano de 2020 devido à COVID-19
Novo parlamento traz desafios para o MPLA face a crescente presença da oposição
O novo ano parlamentar aberto neste sábado será de enormes desafios
para o partido no poder que não conta com uma maioria qualificada e
viu crescer o seu principal rival político, no caso a UNITA, que
registou números históricos nas últimas eleições realizadas a 24 de
Agosto.
Nesta quinta legislatura as atenções vão estar concentradas,
exclusivamente nos dois grupos parlamentares, sendo que o Partido de
Renovação Social, a Frente Nacional de Libertação de Angola e o
estreante Partido Humanista de Angola não tiveram mandatos suficientes
para se constituírem em grupos parlamentares.
O líder do grupo parlamentar do MPLA Virgílio de Fontes Pereira garantiu terem recebido orientações do Presidente do partido, para os deputados observarem as normas da disciplina interna e promoverem o bom relacionamento com os partidos na oposição representados na Assembleia Nacional.
Fontes Pereira disse que partido está consciente de estar com uma maioria mais curta, que é absoluta e não qualificada, que impõe cuidados adicionais
em termos de estratégia.
Analistas acreditam que as discussões no actual parlamento angolano
vão ser marcadas por negociações e equilíbrios. Para falar sobre o
assunto ouvimos o ex-deputado Lindo Bernardo Tito e o analista
político, Albino Pakisi.
Ouça a reportagem aqui
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