João Lourenço pede fim de embargo de armas à República Centro Africana

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João Lourenço (esq), Presidente de Angola, e António Guterres (dir), secretário-geral da ONU, Nova Iorque

Chefe de estado angolano falou no Conselho de Segurança da ONU como presidente da Conferência dos Grandes Lagos

O presidente de Angola João Lourenço pediu hoje às Nções Unidas para levantarem o embargo de armas à República Centro Africana.

Falando no Conselho de Segurança como presidente da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) Lourenço disse que o actual embargo já não é apropriada à actual situação e nega o “direito inalienável” de todos os Estados a “criar capacidade própria de se defender de ameaças internas e externas”.

Isto apesar do desempenho do governo da RCA ter sido criticado por não manter a segurança no seu país onde segundo as acusações se registam assassinatos e violações de direitos humanos.

A presença de mercenários estrangeiros russo foi alvo de criticas pela França cujo representante disse não se saber a quem respondem esses combatentes.

O presidente angolano reconheceu que a “situação de segurança na região dos Grandes Lagos, particularmente na República Centro-Africana, é caracterizada pela presença activa de grupos armados”, que se comprometeram com o acordo político de 06 de fevereiro de 2019 para cessação das hostilidades e sublinhou ser importante “que as autoridades centro-africanas trabalhem no sentido de neutralizar as forças internas que apostam em deteriorar as boas relações com as Nações Unidas e com influentes membros do Conselho de Segurança”.

“O Governo de Angola reconhece que o apoio internacional é cada vez mais importante agora para contribuir nos esforços tendentes a garantir a paz e a estabilidade na República Centro-Africana”, disse João Lourenço

“É altura de se ajudar a República Centro-Africana a formar as suas tropas e equipar com armamento e equipamentos as Forças Armadas, para que comece a caminhar com as suas próprias pernas e esteja em condições de garantir sua própria defesa e segurança”, disse o presidente acrescentando que os grupos armados na RCA assumiram o compromisso de “abandonar a luta armada e aderir ao programa de desarmamento, desmobilização, reintegração e repatriamento”.