Um despacho, assinado pelo Presidente angolano no passado dia 7 de Dezembro, publicado no Diário da República, determinou a privatização de 51% da Sociedade Gestora de Aeroportos, S.A.
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O processo que irá ser liderado pela ministra angolana das Finanças, Vera Daves de Sousa, não determina qualquer prazo para a conclusão da privatização da maioria do capital da SGA, que será feita mediante concurso limitado por qualificação prévia.
O modelo de alienação de uma participação maioritária na concessionária aeroportuária angolana a “investidores privados, preferencialmente operadores internacionais de aeroportos com experiência consolidada”, consta da Estratégia Global para o Sistema Aeroportuário (EGSA) angolano aprovada em 2020.
O economista, Estévão Gomes considera “excessiva” a percentagem a atribuir a investidores estrangeiros mas diz que a privatização anunciada faz sentido uma vez que “ vai atrair mais companhias aéreas para o país”.
“Angola não tem recursos humanos nem tecnológicos para gerir o Novo Aeroporto Luanda”, disse
A infraestrutura de Luanda, designada como “Aeroporto Hub/Gateway”, cujo novo aeroporto internacional deverá ser inaugurado no próximo ano, é a principal porta de entrada do país, posicionando-se como o centro de operações doméstico e internacional para a região sul e centro africana.
Promover o crescimento do sector da aviação civil no país, perseguindo o objectivo de “transformar Angola num importante 'hub' na região da África subsaariana e o investimento direto estrangeiro” no sistema aeroportuário é um dos objetivos expressos da EGSA.
A estratégia para o sistema aeroportuário cobre os diferentes segmentos de aeroportos e aeródromos do país, incluindo modelos de negócio, investimentos e parcerias, de acordo com cada um dos 18 aeroportos/aeródromos geridos pela SGA.
Para o analista Ilídio Manuel a construção de um novo aeroporto para Angola não é rentável nem prioritária tendo em conta as debilidades que vive em matéria de tráfego aéreo e de atracção de turistas.
“Angola nem sequer é um destino turístico a nível de África. Só um sonhador pode admitir que Angola possa movimentar 10 milhões de turistas por ano”, nota o analista.