A cidade de Nampula, no norte de Moçambique, viveu esta quinta feira-feira um dosmomentos mais turbulentos dos últimos tempos.
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Um grupo de jovens provenientes de diferentes bairros manifestou o seu pesar e revolta pelo assassinato do presidente do município, Mahamudo Amurane, na sua residência por um grupo de indivíduos que se encontram ainda a monte.
Os manifestantes percorreram as diferentes ruas e avenidas da cidade, com dísticos e dizeres como “Amurane socorro”, “Exigimos justiça”, “Nosso eterno líder Mahamudo Amurane até sempre”.
Os organizadores do protesto disseram que o actovisava fundamentalmente, pressionar o Governoa avançar com a investigação.
Durante a manifestação houve queima de pneus, facto que levou a polícia a intervir.
Os agentes da lei e ordem fortemente armados dispararam balas de borracha e exibiram as suas capacidades operativas, através de carros blindados para dispersar a multidão que não deixava de exigiruma administração da justiça célere e transparente.
MDM reage
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), partido do qual Amurane fazia parte da Comissão Política Nacional, considera o assassinato uma manobra, supostamente montada pelos seus adversários políticos.
Luciano Tarieque, delegado político da cidade de Nampula, apelou a sociedade moçambicana a colaborar com as autoridades competentes na investigação.
Para Tarieque, o MDM foi colhido de surpresa com a triste notícia da morte de Mahamudo Amurane, apesar de que nos últimos dias reinava um mau relacionamento entre ele e o partido, pelo facto de ele anunciado estar fora do MDM e que pretendia participar nas próximas eleições com um novo partido.
O Conselho Municipal da Cidade de Nampula emitiu um comunicadono qual diz que ‘‘os trabalhadores recusam-se a aceitar que o lado animal se oponha ao lado humano’’.
No entanto, o presidente do Conselho Islâmico em Nampula Juma Kadria, diz que a morte do presidente tem motivações políticas e lamenta porque, para ele, Amurane era “um líder exemplar que em vida conduziu bem os destinos da cidade”.
A Assembleia Municipal já reuniu-se para discutir o sucedido e pediu o envolvimento da sociedade nas investigações que estão a ser feitas pelas autoridades.