A Beira, capital da província de Sofala, é a segunda maior cidade de Moçambique, com mais de um milhão de habitantes. Em março deste ano foi destruída pelo ciclone Idai. Os desafios, embora sejam muitos para milhares de moçambicanos não são capazes de impedir a solidariedade e o trabalho voluntário feito por jovens que sentem a necessidade de fazer alguma coisa pelos mais vulneráveis, crianças órfãs e idosos. Em entrevista à Voz da América, o líder do Movimento de Solidariedade de Moçambique/Beira, Sérgio Feliciano Alberto, falou sobre os objetivos e desafios do grupo.
Sérgio, que tem 21 anos e trabalha como voluntário na Rádio Moçambique, explicou que o movimento foi criado no ano passado a fim de ajudar crianças vulneráveis.
"O pouco que nós temos queremos usar para apoiar e dar alegria".
Com a aproximação da quadra festiva, os voluntários do movimento estão a trabalhar a fim de angariar fundos para fazer um jantar de rua no dia de Natal. Cada membro irá contribuir com um valor para que as crianças possam ter uma refeição especial.
"Não temos patrocínio de ninguém. Estamos a trabalhar para conseguir um fundo próprio para ajudar as crianças. Não temos nada. Estamos a patinar."
O Movimento Solidário de Moçambique/Beira conta com a participação de 48 voluntários, mas no próximo ano Sérgio quer aumentar este número para 100. O seu maior sonho é legalizar o movimento para que se torne uma associação.
Para acompanhar o trabalho feito pelos jovens basta seguir a página Movimento Solidário de Moçambique/Beira no Facebook.
"Esse movimento não veio para parar. Esse movimento veio para crescer e deve existir porque é um movimento que dá força e alegria".
Sérgio contou que está à procura de alguém que possa doar um computador portátil e uma câmara fotográfica. O objetivo seria criar um canal no You Tube, editar vídeos e fotos, além de poder registar o que se passa na Beira.
O ativista social é consciente da importância de cuidar bem das crianças e capacitá-las.
"As crianças não podem sofrer. Devem receber carinho e uma base das pessoas que tem condição. Nós não temos nada".
Em um lugar onde falta quase tudo, Sérgio explicou que o amor que os jovens têm pela palavra de Deus é passado para os órfãos para que eles possam ter esperança, crescer e tornar-se cidadãos.
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