O músico zimbabweano Thomas Mapfumo diz que o futuro de África depende dos jovens, que deverão assumir o poder.
“Eles têm novas ideias, estudaram, sabem muitas coisas,” afirma em entrevista à VOA.
Para Mapfumo o subdesenvolvimento de África deriva da corrupção dos seus dirigentes.
“Creio que os problemas que temos agora tem a ver com a velha geração, que não quer sair do poder. E muitos de nós somos corruptos. África está cheia de líderes corruptos. E tão pouco avançamos”, diz.
Por outro lado, o desenvolvimento de África, diz o artista, pela amizade entre os países: “Africa deverá ser unida. Veja que tivemos xenofobia na África do Sul. Como é que podes chamar a um africano de estrangeiro em África? Será isso bom?
Mapfumo é conhecido pela frontalidade na abordagem de questões sociais e politicas. Cantou contra a dominação do seu país pela Inglaterra. Apoiou a luta de Roberto Mugabe pela independência, mas foi um dos primeiros que condenaram a sua governação.
“Ele (Mugabe) era um herói, mas agora é um corrupto, ditador, ladrão”, diz Mapfumo.
Para Mapfumo, Mugabe é responsável pela situação de pobreza vivida no Zimbabwe, que “de celeiro da região passou a ser um dos países mais pobres do mundo”, onde “o povo não sabe o que é a liberdade”.
Thomas Mapfumo, nascido em 1945, em Marondera, no Zimbabwe, iniciou a carreira na década de 1970, na pequena cidade mineira de Mhangura. O seu primeiro grupo foi o Hallelujah Chicken.
Em 1978 fundou o grupo Blacks Unlimited, com o qual actuou na independência do Zimbabwe, em 1980, na companhia de Bob Marley.
No ano 2000 saiu do país e fixou-se nos Estados Unidos da América. Raramente visita a terra natal.
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