O município da Kibala, na província angolana da Kwanza Sul, regista um facto que também é comum em várias outras regiões do país: o êxodo rural de jovens, principalmente devido à falta de oportunidades, no imediato devido à falta de emprego.
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Os jovens queixam-se dos proprietários de fazendas, que não pagam mais de 15 mil kwanzas mensais por uma jornada laboral diária que ascende a oito horas.
O Conselho Municipal da Juventude da Kibala mostra-se apreensivo e a sua secretária municipal dá voz às reclamações.
“Alguns jovens dizem que o salário é péssimo e, às vezes, também há falta de amor ao próximo por parte dos empresários porque o salário é muito pouco por um trabalho duro”, diz Dionísia Domingos
Entretanto, o trabalho nas fazendas é das poucas alternativas que restam aos jovens na região.
Dionísia Domingos admite esta realidade e revela que o Conselho Municipal da Juventude tem procurado “sensibilizar os jovens para se matricularem nos cursos profissionais que existem, de decoração, pastelaria, culinária, corte e costura e curso de informática”.
Kibala situa-se a 325 quilómetros a sudeste de Luanda, a meio caminho entre a capital do país e Huambo, e tem uma população de mais de 300 mil habitantes.