O Presidente da Guiné-Bissau José Mário Vaz não participará na cimeira extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que se realiza na sexta-feira, 8, em Niamey, no Níger, para analisar a situação do seu país.
Ao falar num comício em Nhacra, região de Oio, Vaz explicou a sua ausência.
“Não fui, por estar em campanha eleitoral e porque sei também o que me espera em Niamey”, afirmou o Presidente, sem dar mais detalhes.
Na ocasião, José Mário Vaz também explicou que frente ao incumprimento da sua decisão de enviar uma força conjunta para permitir que os novos membros do Governo de Faustino Imabli tomassem os ministérios e pudessem começar a trabalhar, decidiu recuar “para evitar um banho de sangue”.
Na cimeira de Niamey, o Governo de Aristides Gomes será representado pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, que já se encontra no Níger.
Os líderes da CEDEAO ameaçam impor sanções a personalidades guineenses que “dificultarem o processo eleitoral” e colocarem em causa “a estabilidade do país.
Na quarta-feira, 6, o representante da organização, em Bissau, Blaise Diplo,anunciou que a CEDEAO deu 48 horas aos membros do Governo liderado por Faustino Imbali para apresentarem as suas demissões, sob pena de aplicação de “severas sanções”.
Hoje, o ministro dos Recursos Naturais e Energia, Certório Biote, apresentou a sua carta de demissão nesta quinta-feira, 7, por “razões de saúde”.
Por agora não há indicações de mais demissões.