Jornalistas guineenses que operam no interior do país relatam dias difíceis

Rádio comunitária, Guiné-Bissau

Profissionais da imprensa que operam no interior do país relatam dias difíceis, entre ameaças e muitas dificuldades

De ameaça às dificuldades económicas, os homens da imprensa guineense fazem do jornalismo a maior paixão das suas vidas.

Os profissionais que operam no interior do país relatam dias difíceis quando o mundo assinala hoje o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa.

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Jornalistas guineenses que operam no interior do país relatam dias difíceis

O Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2024 divulgado nesta sexta-feira, 3, pela organização Repórteres Sem Fronteiras coloca a Guiné-Bissau no lugar 92, menos 14 lugares que no ano passado.

O documento diz que a "acentuada deterioração da segurança dos profissionais da comunicação social, combinada com pressões políticas e económicas, pôs à prova a prática do jornalismo nos últimos anos".

Quinanata Turé, da Rádio Kassumay, baseada em São Domingos, junto à linha fronteira com a vizinha República do Senegal, é testemunha de como é ser jornalista no interior da Guiné-Bissau "é muito difícil".

O espelho da realidade profissional dos jornalistas que operam no interior da Guiné-Bissau nos é apresentado também pelo jornalista da Rádio Uler-Abaand, Siaca Fati, que vivei dois episódios em que sentiu-se "ameaçado e denegado por uma parte da comunidade e das autoridades locais".

Também, em São Domingos, Quinanata Turé recorda "as marcas que ensombram negativamente o exercício profissional, enquanto jornalista".

Turé vê "o medo como uma ameaça" ao seu trabalho.

Com poucos recursos as rádios comunitárias vivem do voluntariado de amantes do jornalismo.