O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) diz recear que “a querela judicial” sobre a propriedade do Novo Jornal possa resultar na perda da independência desse orgão e dos seus jornalistas.
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O secretário geral Teixeira Cândido afirmar recear que possa haver “uma degradação da independência do jornal e que as liberdades dos profissionais possam ficar afetadas”.
Este temor surge após o empresário Álvaro Sobrinho ter remetido ao Tribunal da Comarca de Luanda uma providência cautelar solicitando a titularidade do Novo Jornal até então controlado pelo seu irmão Emanuel Madaleno.
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A companhia Wyde Capital em comunicado deu a conhecer a substituição do diretor.
A Voz da América contatou Armindo Lauriano, director do jornal, supostamente destituído, que prometeu pronunciar-se mais tarde.
Em comunicado publicado no site do Novo Jornal, o empresário Emanuel Madaleno diz não ter sido informado nem ter tido a oportunidade de se defender, da providência cautelar que determinou o seu afastamento da publicação.
A nota acrescenta que, desde 2016, a marca Novo Jornal é propriedade da Sociedade Tolerancia, AS. empresa do Grupo Nova Vaga, tendo deixado de pertencer ao grupo Wyde Capital e New Midia Angola, duas sociedades anónimas.
O dirigente do sindicato dos jornalistas alertou para a possibilidade de sociedade angolana perder “um espaço púbico privilegiado, um veículo de exercício da cidadania”.
“A nossa democracia em última instância ficaria prejudicada se desta querela judicial sobre a titularidade do orgão pudesse resultar no prejuízo para a sua independência e para a liberdade dos profissionais”, conclui Teixeira Cândido
Refira-se mais de 20 jornalistas trabalham no Novo Jornal.