Jornalistas e associações profissionais sentem-se traídos pelo ministro da Comunicação Social por alegadamente não ter cumprido a promessa de ajudar a satisfazer as inquietações apresentadas aos deputados sobre o pacote da Comunicação Social, aprovado na última sexta-feira.
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O jornalista e responsável do MISA-Angola, Alexandre Solombe, disse que nada se podia esperar de um governo que ficou dez anos para aprovar uma nova Lei de Imprensa.
Solombe anunciou que a sua organização vai, nos próximos dias, ouvir os deputados e outras sensibilidades para perceber o que se passou e não descartou a possibilidade de vir a recorrer aos órgãos judiciais sobre “as injustiças” contidas na Lei de imprensa
O líder associativo acusou os deputados da oposição por alegadamente, terem tirado proveitos políticos da Lei e não se terem juntado à sociedade civil em defesa de jornalistas.
O jornalista a antigo deputado Makuta Nkondo diz que com a aprovação da nova Lei de imprensa o MPLA acaba de dar a “machadada final” à liberdade de imprensa em Angola.
O responsável do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido, foi citado como tendo dito que os diplomas da Comunicação Social aprovados não satisfazem o problema da Comunicação Social por não terem levado em conta os interesses do país, mas dos partidos políticos.
Tal como o MISA-Angola, líder sindical também promete tomar “uma posição única”, por considerar que a Lei de Imprensa não melhorou e continua a ter graves problemas, tais como “à competência que se dá a entidade reguladora de punir os órgãos de comunicação, ao invés de serem os tribunais".
O pacote da Comunicação Social aprovado com votos favoráveis do MPLA e da FNLA. A CASA-CE votou contra. A UNITA e o PRS abstiveram-se.